quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sociedade controlada em busca da justiça falada!

Texto relacionado ao filme:
 “O CASO DOS IRMÃOS NAVES”
É notório, desde que “mundo é mundo”, que quem possui informação e sabe manipulá-la – alcançando a verdade, o bem comum ou para benefício próprio – controla os demais indivíduos de uma sociedade. Ainda mais uma sociedade ignorante.
Toda sociedade, a “priori”, busca a sobrevivência, para manter-se viva diante dos problemas do cotidiano. Para auxiliá-la nessa busca constante, o Estado, como administrador, deve garantir, por meio de seus órgãos e principalmente pelos seus Poderes, direitos aos indivíduos. Princípios, normas basilares entre outras espécies de garantias são, ou devem ser, elaboradas para tal finalidade, com o intuito mor de estabelecer a JUSTIÇA.
Após analisar atenciosamente a obra cinematográfica “O caso dos irmãos naves”, pude confirmar minha tese de que a fusão Mídia manipuladora e Poder Judiciário brasileiro, por inúmeras vezes, é extremamente perigosa e, por que não dizer injusta.
Casos como Isabela Nardoni, Bruno, goleiro do Flamengo, e Mércia Nakashima, relatam exatamente o problema que envolve o poder da mídia de acusar, julgar e penalizar de modo social, os indivíduos que estão “sub Judice”, ou seja, a MÍDIA condena antes mesmo do Poder Judiciário.
O judiciário, de modo geral, é extremamente influenciado pela comoção popular, sendo esta facilmente manipulada pelo imperialismo informativo da mídia. Assim, enquanto não existirem mecanismos eficazes e impeditivos a fim de combater o controle da informação, em relação ao indivíduo, para garantir o direito deste - a sua imagem, honra, entre outros – ocorrerão aberrações ou injustiças cometidas pelo Poder Judiciário, como o caso dos irmãos naves.
É óbvio, entendo assim, que devemos ater aos direitos que estão relacionados à propagação da informação para o bem comum. Não obstante, esses fatos deverão ser expressos de modo claro, o mais parecido com a realidade possível – verossimilhança – ou seja, nunca expressando, explicita ou implicitamente, a opinião de um (uns) ou de outro(s) para ferir, denegrir, ou julgar – como ocorre – o caráter ou o fato a ser descrito, para não transformar uma narração ou descrição em uma dissertação.
Esse problema disposto remete a outro dilema social – jurídico.
Será que haveria possibilidade de adotarmos no Brasil a PENA DE MORTE?

Enquanto o Poder judiciário, por meio de pressão popular, for influenciado. Por conseguinte a mídia não for punida de modo severo para resguardar a imagem do indivíduo. Creio que está fora de cogitação esse sistema punitivo. Pois mesmo que nove bandidos “mereçam” a pena, se um inocente, por força dessas atrocidades judiciais, for punido, todo o sistema não terá mais razão para continuar – Assim se busca a Justiça.

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